ARCA DE SVALBARD pode salvar o planeta. Supreenda-se!

Para que ter um banco de sementes em Svalbard?

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Desde 2006, países como a Noruega, Suécia, Finlândia, Dinamarca e Islândia iniciaram o que podemos chamar de backup de todas, ou quase todas, as sementes do nosso planeta. Estamos falando do Svalbard Global Seed Vault, também chamado de ‘Banco Mundial de Sementes de Svalbard’.

A importância desse projeto é tão grande que conta com cooperação internacional de diversos países e instituições independentes das fronteiras políticas. Foi criado com a ajuda de um cientista americano, Cary Fowler.

De quem foi essa ideia?

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Cary Fowler – Idealizador do Banco de Sementes

Considerado o “pai” da Arca do fim do mundo, o cientista agrícola americano Cary Fowler foi um dos idealizadores dessa ideia que visa a segurança alimentar, preservação da diversidade genética e precaução contra desastres.

Cary é Ex-Diretor Executivo da Global ‘Crop Diversity Trust’, uma Organização Internacional sem fins lucrativos dedicada a conservação da diversidade genética das culturas agrícolas. Porém, atualmente, Cary trabalha como enviado especial dos EUA para Segurança Alimentar Global.

Silo fica no isolado arquipélago de Svalbard, entre a Noruega e o Polo Norte.

O Banco de Svalbard está ameaçado?

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Apesar desse grande feito para a salvação da humanidade, Cary afirma que ainda temos muito a fazer tanto nas questões climáticas como geo-políticas.

A primeira retirada de sementes do cofre foi em 2015 com a Guerra da Síria. Toda a riqueza genética do trigo ficava em Alepo e foi destruído pela guerra civil. O Banco de Svalbard enviou sementes para cepas de trigo para outros bancos regionais no Marrocos e no Líbano.

Onde fica Svalbard?

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Mas por que Svalbard?

Eles escolheram esse arquipélago Norueguês, localizado a mil quilômetros do Polo Norte, porque consideram uma das regiões mais frias do planeta, com temperaturas constantes de -18 graus Celsius.

Svalbard mantêm mais de 3 bilhões de sementes conservadas por mais de 50 anos para alimentos como alface, podendo chegar a mais de 1000 anos, como no caso do trigo.

Em meio ao permafrost (Solo do Ártico permanentemente congelado), além de seguro, acaba sendo mais econômico manter as baixas temperaturas. Porém, as mudanças climáticas do planeta têm chamado a atenção dos cientistas, pois pode colocar o silo em risco.

O Brasil tem seu próprio Banco

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Foto: Embrapa

Segundo a Embrapa – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – o Brasil já enviou mais de 5.000 amostras de sementes como arroz, feijão, café e maracujá e contamos também com o nosso banco nacional de sementes montado pela própria Embrapa. Aqui temos diversas sementes como soja, algodão, milho e até o amendoim. Todavia, ainda temos que concentrar mais esforços em subespécies derivadas.

Curiosidade

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Nikolai Vavilov, foi um renomado botânico e geneticista russo. Pioneiro na ciência da genética de plantas e da conservação da diversidade genética das culturas agrícolas, buscava por variedades que pudessem melhorar a agricultura e a produção de alimentos. Contudo, um grande infortúnio aconteceu.

A triste ironia é que Vavilov, que queria acabar com a fome no mundo, foi perseguido por Joseph Stalin e preso no campo de trabalhos forçados na Sibéria, morreu de fome.

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